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Síndrome Alimentar Noturna

A Síndrome alimentar noturna ou fome noturna, é um transtorno alimentar que se caracteriza pela necessidade de uma maior ingestão de carboidratos à noite.

Sindrome alimentar noturna

A síndrome alimentar noturna ou fome noturna, é um transtorno do comportamento alimentar, que se caracteriza pela ingestão inadequada de alimentos à noite. Entretanto, ela se caracteriza mais especificamente pela necessidade incontrolável de comer na hora de dormir ou acordar de madrugada para comer, especialmente os carboidratos.

Quais os carboidratos mais desejados?

  • Pães, bolos e biscoitos.
  • Doces, tortas, sorvetes e chocolates.
  • Massas como pizzas, macarrão, ravioli, canelone, lasanha, empadão, etc.

Porque você tem fome ou desejo pelos carboidratos à noite?

Porque diante de situações de estresse, tensão, ansiedade, depressão e insônia, o cérebro precisa de mais serotonina, ou seja, ele precisa de alimentos que estimulem a produção de serotonina.
A chegada da noite aumenta a produção da melatonina e reduz a produção do cortisol, assim como o aumento da serotonina reduz a produção de adrenalina. Consequentemente, ocorre uma redução da ansiedade, tensão muscular, temperatura corporal e do fluxo de pensamentos, criando um ambiente propício para um sono profundo e reparador.
Esse tipo de transtorno ocorre com maior frequência em pessoas com dificuldade para iniciar o sono, também conhecida como insônia inicial, ou em pessoas que acordam de madrugada e não conseguem voltar a dormir, mais conhecida como insônia tardia.
A insônia inicial é mais comum nos que sofrem de ansiedade, enquanto a insônia tardia, é mais comum na depressão. A Síndrome alimentar noturna está intimamente relacionada ao estresse.
Logo após comer, essas pessoas sentem uma intensa sensação de prazer e conseguem dormir rapidamente. É mais o desejo de comer à noite e não a quantidade de alimento ingerido, que define esse transtorno alimentar.

Vitaminas, minerais e aminoácidos que reduzem o estresse e a fome noturna

  • Vitaminas C, D, B3, B5, B6, B9 e B12.
  • Triptofano e 5-Hidroxitriptofano (5HTP).
  • Teanina, lisina, taurina, inositol, colina, serina e gaba.
  • Ômegas-3 e 6, cálcio e magnésio, especialmente o magnésio glicinato e magnésio inositol.

Além disso, esses nutrientes reduzem a produção de leptina noturna e ativa o sistema gaba, contribuindo também para uma boa noite de sono. Por outro lado, dormir bem auxilia na redução do apetite.
A leptina, é o hormônio da saciedade. Enquanto você come, o intestino envia a leptina ao hipotálamo, com uma mensagem: Estou satisfeito, reduza a produção de grelina e desative o centro da fome.
A melatonina funciona melhor nos casos de insônia inicial, ou seja, na dificuldade para dormir. Mas, não é tão eficaz na insônia tardia, quando você dorme o primeiro sono, acorda de madrugada e não dorme mais.

Os alimentos consumidos no jantar podem interferir positivamente ou negativamente na qualidade do seu sono. Alimentos ricos em proteína de difícil digestão, como as carnes vermelhas, e alimentos gordurosos de origem animal prejudicam a qualidade do sono. Uma massa cozida acompanhada de um molho vermelho com manjericão ou um molho vermelho com peixe e camarão, estimulam a formação da serotonina e melhora a qualidade do sono.

Os chás que reduzem a ansiedade são muito bem vindos e podem ser usados no período da noite, porque combatem a insônia e melhoram a qualidade do sono, como por exemplo: camomila, melissa, jasmim, maçã e maracujá.

Se você deseja saber mais sobre o assunto, acesse os links abaixo:

Estresse engorda?
Compulsão Alimentar
Estresse: o mal do século
Como combater o estresse
Programa Anti-Estresse

Artigo escrito por: Dr. Frederico Pretti e Dra. Karine Queiroz (Psicóloga)

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